amor de mudança
- Paula Seben
- 11 de abr. de 2017
- 2 min de leitura

A Ju e eu sempre conversamos muito. Nossa diferença de idade chega a quase 7 anos, mas ela foi a primeira menina da família a nascer depois de mim e, apesar de ter que esperar pelo menos 1 ano para conseguir ouvir suas primeiras palavras, foi bom ter uma cúmplice feminina em casa. Não lembro quando exatamente começamos a conversar sobre comida, nem quando começamos a cozinhar juntas, mas jamais esquecerei nossa primeira conversa sobre vegetarianismo e veganismo. Eram planos para um futuro distante que em menos de um mês se transformaram em planejamento. Primeiro, a escolha das receitas se limitou a substituir carnes por queijo, legumes, verduras e grãos. Parecia tudo muito fácil, era só seduzir a clientela com nosso tempero e pronto. Então resolvemos migrar para o veganismo e, confesso, passei uma noite em claro pensando em como fazer massa sem ovo, doces sem leite condensado, pesto sem queijo, nhoque sem leite... Quando aparecia uma receita brilhante e a gente se animava, também aparecia a proteína animal envolvida. Existem produtos no mercado que substituem tudo isso? Sim! Mas nós somos adeptas da cozinha criativa, da mão na massa, do molho caseiro, da comida feita com amor. Então percebemos que antes de mudar por fora, é preciso mudar por dentro. Toda mudança começa pelo cérebro e nós estávamos pensando com o estômago. O vegetarianismo e o veganismo não estão relacionados apenas à forma de comer, há uma filosofia envolvida, o amor pela natureza como um todo (em linhas gerais, porque esses seres humanos são realmente muito especiais). Assim, aprendemos a ter o que apelidamos de “pensar vegano”, ter um olhar racional sobre os alimentos e a forma de criar e se alimentar. Hoje, estamos muito felizes com a nossa escolha, especialmente com as mudanças que vieram e virão através da Amor de Comida. E esperamos que esse amor seja transmitido a todos vocês <3
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